quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Maria Helena Vieira da Silva

Maria Helena Vieira da Silva (Lisboa, 13 de junho de 1908 — Paris, 6 de março de 1992) foi uma pintora portuguesa, naturalizada francesa em 1956.
Filha do embaixador Marcos Vieira da Silva, Maria Helena demonstrou interesse pelas artes desde pequena.
Neta de José Joaquim da Silva Graça, fundador do Jornal O Século, morou na casa do avô em Lisboa.
Aos onze anos começou a estudar pintura e desenho na Academia de Belas Artes de Lisboa e, motivada pela escultura, estudou Anatomia na Faculdade de Medicina de Lisboa.
Em 1928 estabeleceu-se em Paris onde estudou pintura com Fernand Léger, e trabalhou com Duffrene e Waroquier.
Em Paris conheceu seu futuro marido, o, também pintor, húngaro Árpád Szenes, casando em 1930.
Fundação Arpad Szenes-Vieira da Silva, Lisboa
Realizou inúmeras viagens à América Latina para participar de exposições, como em 1946 no Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB).
Devido ao facto de seu marido ser judeu e de ela ter perdido a nacionalidade portuguesa, eram oficialmente apátridas. Então, o casal decidiu residir por um longo tempo no Brasil, durante a Segunda Guerra Mundial e no período pós-guerra. No Brasil, entraram em contato com importantes artistas locais, como Carlos Scliar e Djanira. Ambos exerceram grande influência na arte brasileira, especialmente entre os modernistas.
Vieira da Silva foi autora de uma série de ilustrações para crianças que constituem uma surpresa no conjunto da sua obra. Kô et Kô, les deux esquimaux, é o título de uma história para crianças inventada por ela em 1933. Não se sentindo capaz de a escrever, a pintora entregou essa tarefa ao seu amigo Pierre Guéguen e assumiu o papel de ilustradora, executando uma série de guaches.
A partir de 1948 o estado Francês começa a adquirir as suas pinturas e em 1956 tanto ela como o marido obtêm nacionalidade francesa. Em 1960 o Governo Francês atribui-lhe uma primeira condecoração, em 1966 é a primeira mulher a receber o Grand Prix National des Arts e em 1979 torna-se cavaleira da legião de honra francesa.
Participou na Europália, em 1992, e veio a morrer nesse ano.
Para honrar a memória do casal de pintores, foi fundada em Portugal a Fundação Arpad Szenes-Vieira da Silva, sediada em Lisboa.



Almada Negreiros

Escritor e artista plástico, José Sobral de Almada Negreiros nasceu em S. Tomé e Príncipe a 7 de Abril de 1893. Foi um dos fundadores da revista Orpheu(1915), veículo de introdução do modernismo em Portugal, onde conviveu de perto com Fernando Pessoa. Além da literatura e da pintura a óleo, Almada desenvolveu ainda composições coreográficas para ballet. Trabalhou em tapeçaria, gravura, pintura mural, caricatura, mosaico, azulejo e vitral. Faleceu a 15 de Junho de 1970 no Hospital de S. Luís dos Franceses, em Lisboa, no mesmo quarto onde morrera seu amigo Fernando Pessoa.
As duas orientações de busca e criação de Almada Negreiros foram a beleza e a sabedoria. Para ele "a beleza não podia ser ignorante e idiota tal como a sabedoria não podia ser feia e triste" (Freitas, 1985). Almada Negreiros foi um pintor-pensador. Foi praticante de uma arte elaborada que pressupõe uma aprendizagem que não se esgota nas escolas de arte; bem pelo contrário, uma aprendizagem que implica um percurso introspectivo e universal.
O tema principal de Almada foi o número, a geometria (sagrada) e os seus significados, declarando que a sabedoria poética e a sabedoria reflectida têm entre elas a fronteira irredutível do número. Almada revela-se assim um neopitagórico sendo este seu lado a fonte mais profunda da sua inspiração e da sua criatividade e, segundo Lima de Freitas, a sua loucura central.

Vulto cimeiro da vida cultural portuguesa durante quase meio século, contribuiu mais que ninguém para a criação, prestígio e triunfo do modernismo artístico em Portugal. Na sua evolução como pintor, Almada passou do figurativismo e da representação convencional dos primeiros tempos, para a abstracção geométrica, matemática e numérica que caracteriza as suas últimas obras.

A sua preocupação central foi a determinação do enigmático Ponto de Bauhütte. Essa procura ficou registada por vários textos, por numerosos traçados geométricos e por algumas pinturas a preto e branco que Almada foi acumulando, mas sem tornar público o fundo do seu pensamento. Antes de romper o quase segredo da sua busca, Almada realiza, para o Tribunal de Contas de Lisboa, um dos cartões para tapeçaria intitulada "O Número"


Guilherme de Santa-Rita

Guilherme de Santa-Rita ou Santa-Rita Pintor (Lisboa, 1889 - Lisboa, 29 de Abril de 1918) foi um pintor e escritor português, considerado o introdutor do Futurismo em Portugal. Guilherme Augusto Cau da Costa de Santa Rita, mais tarde passaria a chamar-se apenas, Santa Rita Pintor. Em 1910 foi bolseiro na Academia de Belas Artes de Paris, posição que perdeu devido às suas ideias monárquicas e às más relações com o embaixador de Portugal João Chagas. Regressado a Lisboa em 1914, planeia publicar o Manifesto Futurista de Filippo Tommaso Marinetti em português, tarefa que nunca realiza, apesar da autorização do autor. Santa-Rita Pintor, aparece como personagem, na novela de Mário de Sá Carneiro "A Confissão de Lúcio", 1914.
Em 1915, publicou quatro desenhos, na segunda (e última) edição da Revista Orpheu:

* Estojo científico de uma cabeça-aparelho ocular-sobreposição dinâmica visual-reflexos de ambiente X luz.
* Composição estática interior de uma cabeça-complementarismo congénito absoluto
* Síntese geometral de uma cabeça X infinito plástico de ambiente X transcendentalismo físico
* Decomposição dinâmica de uma mesa-estilo do movimento

Apenas resistiram duas das suas pinturas, todas as outras foram destruidas, segundo o seu desejo, pela sua família depois da sua morte. São elas, Orfeu no Inferno (1907, colecção privada, não se conhecem reproduções) e Cabeça. Em 1915, foi um dos organizadores de um grande congresso de jovens artistas e escritores em protesto contra a apatia da velha geração. Em conflito com o grupo da revista Orpheu, publicou a sua própria revista Portugal Futurista, da qual só saiu um número no final de 1917, onde aparecem quatro reproduções de quadros seus. Morreu em 1918, no mesmo ano que Amadeo de Souza-Cardoso, marcando o fim da primeira fase do modernismo português.



Cabeça de Guilherme de Santa-Rita

Amadeo de Sousa Cardoso

Nasceu em 1887 em Manhufe, perto de Amarante. Em 1906 partiu para Paris, acompanhado de Francis Smith, para estudar Arquitectura, curso que abandonou para se dedicar mais ao desenho e à caricatura. Assim, em 1908 começou a frequentar a Academia Vitti, onde tinha professores como o pintor espanhol Anglada Camarasa. Também por esta altura, o seu atelier na Cité Falguière começou a ser ponto de encontro de artistas a residir em Paris. Privou com Amadeo Modigliani, Max Jacob, Robert Delaunay e Archipenko, cuja arte interiorizou para poder usar a sua base teórica na investigação plástica que então desenvolvia (por volta de 1910). Essa concentração de coisas diferentes pode ser observada na sua obra pictórica, que atravessou quase todos os movimentos estéticos de ruptura com a arte tradicional: cubismo, expressionismo, futurismo (...) – o pintor experimentava e interpretava as diversas correntes estéticas do século XX segundo uma perspectiva pessoal.
Cerca de 1911, o pintor começa a encontrar aquele que viria a ser definido como o seu estilo pessoal, ponto de contacto entre as pesquisas pictórica e gráfica. Por volta de 1912, publicou em Paris XX Dessins e ilustrou A Lenda de São Julião Hospitaleiro, de Flaubert. Em 1913 foi um dos artistas do Salão de Outono na galeria Der Sturm, em Berlim – este é um momento crucial para perceber os trabalhos expressionistas que então desenvolve —, tendo também exposto noutras cidades alemãs, como Munique, Hamburgo e Colónia. No mesmo ano é convidado para integrar a I Exposição de Arte Moderna, o Armory Show. Em 1915, devido à eclosão da I Guerra Mundial no ano anterior, regressa a Portugal. É durante esse período que desenvolve parte dos projectos (exposições) comuns com o casal Delaunay (que então habitava em Vila do Conde). Também por esta altura se iniciou a amizade com Almada Negreiros e o grupo do Orpheu, órgão principal do futurismo português.
Em 1916, realiza a sua primeira exposição individual em Portugal, intitulada Abstraccionismo (descrita por Almada Negreiros como exposição “impressionista, cubista, futurista, abstraccionista”), e publica o álbum 12 Reprodutions. Em 1917 entra no Dadaísmo, com os trabalhos de colagem que então inicia.
Morreu ainda novo, em 1918, vítima de gripe espanhola (peste da pneumónica). No entanto, a obra que construiu em poucos anos aponta-o como um dos mais importantes artistas modernos portugueses.


Salvador Dalí

Foi um dos maiores representantes da vanguarda surrealista. Nos finais dos anos 20, instalou-se em Paris, onde aderiu ao movimento de André Breton. Naqueles anos, definia sua pintura como o produto do método paranóico-crítico, inspirado nas teorias freudianas. As representações adquirem um tom basicamente onírico, no seio do qual se encontram associações freqüentemente surpreendentes de objetos cotidianos descritos com grande minúcia técnica e formas compositivas originais. É esse o caso de obras como A Persistência da Memória (1931), em que se destaca a presença de relógios moles, ou Presságio da Guerra Civil (1936). A influência da pintura metafísica é evidente em muitas de suas composições. Também colaborou em alguns filmes, como Um Cão Andaluz (1929) e A Idade do Ouro (1931), de Luis Buñuel. Nos anos 40, instalou-se nos EUA, país no qual, além de produzir pinturas de temática histórica e religiosa, finalizou ilustrações de livros, desenhos de joalheria e cenografias e guarda-roupas teatrais. Seu interesse pelos efeitos visuais está patente em obras como "A Cadeira" (1975). Em 1974, inaugurou o Teatro Museo Dalí de Figueres, onde está exposta, num contexto físico preparado por ele próprio, parte da sua obra.



Persistência da Memória de Salvador Dalí

Surrealismo


Nas duas primeiras décadas do século XX, os estudos psicanalíticos de Freud e as incertezas políticas criaram um clima favorável para o desenvolvimento de uma arte que criticava a cultura européia e a frágil condição humana diante de um mundo cada vez mais complexo. Surgem movimentos estéticos que interferem de maneira fantasiosa na realidade. O surrealismo foi por excelência a corrente artística moderna da representação do irracional e do subconsciente. Suas origens devem ser buscadas no dadaísmo e na pintura metafísica de Giorgio De Chirico. Este movimento artístico surge todas às vezes que a imaginação se manifesta livremente, sem o freio do espírito crítico, o que vale é o impulso psíquico. Os surrealistas deixam o mundo real para penetrarem no irreal, pois a emoção mais profunda do ser tem todas as possibilidades de se expressar apenas com a aproximação do fantástico, no ponto onde a razão humana perde o controle. A publicação do Manifesto do Surrealismo, assinado por André Breton em outubro de 1924, marcou historicamente o nascimento do movimento. Nele se propunha a restauração dos sentimentos humanos e do instinto como ponto de partida para uma nova linguagem artística. Para isso era preciso que o homem tivesse uma visão totalmente introspectiva de si mesmo e encontrasse esse ponto do espírito no qual a realidade interna e externa são percebidas totalmente isentas de contradições. A livre associação e a análise dos sonhos, ambos métodos da psicanálise freudiana, transformaram-se nos procedimentos básicos do surrealismo, embora aplicados a seu modo. Por meio do automatismo, ou seja, qualquer forma de expressão em que a mente não exercesse nenhum tipo de controle, os surrealistas tentavam plasmar, seja por meio de formas abstratas ou figurativas simbólicas, as imagens da realidade mais profunda do ser humano: o subconsciente. O Surrealismo apresenta relações com o Futurismo e o Dadaísmo. No entanto, se os dadaístas propunham apenas a destruição, os surrealistas pregavam a destruição da sociedade em que viviam e a criação de uma nova, a ser organizada em outras bases. Os surrealistas pretendiam, dessa forma, atingir uma outra realidade, situada no plano do subconsciente e do inconsciente. A fantasia, os estados de tristeza e melancolia exerceram grande atração sobre os surrealistas, e nesse aspecto eles se aproximam dos românticos, embora sejam muito mais radicais.

Marcel Duchamp

Marcel Duchamp, pintor, poeta, experimentador visual (filmes), escultor e jogador de xadrez, nasceu no dia 28 de Julho de 1887, em Blainville, perto Rouen, França.
Em 1911, com 24 anos, juntou-se à “Secção Dourada” (clube de pintores), onde conheceu Picabia, Metzinger, entre outros. Reinterpretou o cubismo à sua maneira, o que pode ser visto em “The Chess players”, nos seus estudos para o seu “Nudes descending a Staircase" e “The Coffe-Mill”.
O experimentação e a provocação levaram-no a adoptar ideias radicais como os seus peculiares ready-mades e as intervenções. Os ready-mades são, sem mais nem menos, objectos banais do quotidiano que Duchamp escolhia aleatoriamente e os elevava ao estatuto de obra de arte, assinando-os, intitulando-os e colocando-os num pedestal, como por exemplo, “A fonte” (um urinol assinado com o nome “R. Mutt”). As interferências consistiu em interferir numa obra de arte, como é o caso de “L.H.O.O.Q.” (uma reprodução da Mona Lisa de Leonardo DaVinci, na qual Duchamp pintou uns bigodes.) Tento os ready-mades como as interferências tinham como objectivo demonstrar o desprezo que Duchamp tinha pela arte e valores tradicionais. Duchamp faleceu em 1968, deixando um legado artístico que abriu caminho a novas correntes artísticas assim como influências fortes em diversos artistas.

Dadaísmo

O movimento Dadá surgiu em Zurique em 1916, no decurso da Primeira Guerra Mundial, pela mão de artistas que aí se encontravam refugiados e que se consideravam apátridas, muitos deles considerados desertores ou traidores nos seus países. Negando o passado, o presente e o futuro, o Dadaísmo é a total falta de perspectiva diante da guerra; daí ser contra as teorias, as ordenações lógicas, pouco se importando com o espectador. Opõe-se aos valores tradicionais, procurando destruí-los, defendendo a liberdade desenfreada do indivíduo, a espontaneidade e a imperfeição. Contestavam o belicismo e todos os valores considerados eternos. Para isso, utilizavam a ironia, a troça, o insulto, a crítica, de modo a destruir a ordem e estabelecer o caos. O próprio nome do movimento não tem significado algum. Um dos Manifestos Dadá, de 1918, afirma que a arte é uma imbecilidade e tudo o que se vê é falso, por isso atribui valor artístico aos objectos que estariam desprovidos dele.
Todos estão unidos na destruição da arte tradicional e seus fundamentos, negando o seu valor. Criam a antiarte. Objectos encontrados são retirados do seu contexto, assinados e considerados obras de arte (são os readymade). Esta atitude provocatória foi característica do movimento Dada, que contesta a obra de arte de sentido tradicional, propondo uma nova estética.





Piet Mondrian

Seu nome verdadeiro era Pieter Cornelius Mondrian. Líder dos construtivistas holandeses, desenvolveu, desde 1907 até inícios dos anos de 1920, um novo conceito artístico radical, que propunha a abstração e a redução dos elementos da realidade a uma linguagem formal estritamente geométrica, limitada à representação de linhas horizontais e verticais e à utilização das cores básicas vermelho, azul e amarelo combinadas com preto, cinzento e branco. As raízes artísticas de Mondrian fundam-se no expressionismo e no simbolismo, cuja influência recebera. Fundou o grupo De Stijl com Theo van Doesburg. A exata concepção de arte defendida pelo grupo, denominada neoplasticismo, era para Mondrian a expressão de um modo de vida: a pintura devia mostrar o caminho para um mundo organizado pela harmonia. Realizou suas obras mais significativas depois de se estabelecer em Paris, em 1919, denominando-as "composições": estruturas integradas de linhas em ângulo reto que enquadram variantes de superfícies cromáticas. Em 1940, mudou-se para Nova York, onde pintou quadros como Broadway Boogie-Woogie (1942-1943) e Victory Boogie-Woogie (1944, inacabado), caracterizados por maior liberdade e ritmo no desenvolvimento cromático das abstrações geométricas.




Broadway Boogie-Woogie de Piet Mondrain

Wassily Kandinsky

Kandinsky foi um dos principais representantes da arte abstrata. Nascido em Moscou, passou parte da infância em Odessa. Entre 1886 e 1892 estudou economia e direito na Universidade de Moscou, onde lecionou após a graduação. Aos 30 anos decidiu estudar arte em Munique, na Alemanha, onde foi aluno de Franz von Stuck. Passou cerca de quatro anos em outros países e, em 1909, tornou-se presidente da Nova Associação de Artistas de Munique. Na década de 1910 desenvolveu seus primeiros estudos não-figurativos, inaugurando a pintura abstrata. Junto a Piet Mondrian e Kasimir Malevich, faz parte do "trio sagrado" da abstração, sendo ele o mais famoso. Para proporcionar uma nova base intelectual para a arte, fundou em Munique, em 1911, com Franz Marc, Der Blaue Reiter (O Cavaleiro Azul), uma associação de artistas que proclamavam, no manifesto "Do Espiritual na Arte" (1912), a superioridade do espírito sobre os objetos concretos. Quando do advento da Revolução Russa, Kandinsky voltou a sua cidade natal, onde ocupou uma cátedra na Academia de Arte de Moscou. Desentendeu-se, no entanto, com as teorias da arte oficiais e regressou à Alemanha em 1921, quando iniciou um processo de geometrização em suas obras. Passou a lecionar na famosa escola Bauhaus, em Weimar, a convite de Walter Gropius. Em 1928 adquiriu a nacionalidade alemã. Em 1933, a escola foi fechada pelo governo nazista. Kandinsky mudou-se em seguida para Paris, na França, onde viveu até o final de sua vida.




























Abstracionismo


O abstracionismo refere-se às formas de arte não administradas pela figuração e pela imitação do mundo, ou seja, não representam objetos próprios da realidade concreta. Ao contrário, se utiliza das relações formais entre cores, linhas e superfícies para produzir a realidade da obra.

Seu surgimento deve-se às experiências das vanguardas europeias, que rejeitaram a herança renascentista das academias de arte.
A arte abstracta existiu desde o princípio da civilização, passando por algumas fases de maior ou menor aceitação. Hoje a expressão é mais usada para nomear a produção artística do século XX, produzida por determinados movimentos e escolas inseridos na arte moderna. Grande parte dos movimentos desse século concedia valor à subjectividade na arte, admitindo distorções de forma que se defrontava com a idéia do renascentista Giorgio Vasari e sua opinião a respeito do valor do artista. Ele acreditava que este valor devia-se a capacidade de representar a natureza com rigor.
No começo do século XX, antes que os artistas atingissem a abstração absoluta, o termo foi utilizado para se referir a escolas como o cubismo e o futurismo. O abstracionismo divide-se em duas tendências: abstracionismo lírico; abstracionismo geométrico. O abstracionismo lírico aparece como uma reação a Primeira Guerra Mundial. Para compor uma arte imaginária, inspirava-se no instinto, no inconsciente e na intuição. As características da arte não figurativa são: o jogo de formas orgânicas, as cores vibrantes e a linha de contorno. A pretensão do abstracionismo lírico é transformar manchas de cor e linhas em ideais e simbolismos subjetivos.

Giacomo Balla

Giacomo Balla foi um pintor italiano do futurismo, de quem as representações eram totalmente desnaturalizadas, embora sem chegar a uma total abstração. Apesar do caráter desnaturalizado de sua obra, preocupa-se com o dinamismo das formas, com a situação da luz e a integração do aspecto cromático. Um dos recursos mais originais para representar o dinamismo foi a simultaneidade, ou desintegração das formas, numa repetição quase infinita que permitia ao observador captar de uma só vez todas as seqüências do movimento. Em 1895 o pintor mudou-se para Roma, onde apresentou regularmente suas primeiras obras em todas as exposições da "Società degli Amatori e Cultori di Belle Arti". Cinco anos mais tarde fez uma viagem a Paris e na volta a Roma, conheceu Severini, Boccioni e Marinetti. Um ano mais tarde, juntava-se a eles para assinar o Manifesto Futurista. Apresentou em 1912 seu primeiro quadro futurista "Cão na Coleira". Embora em princípio Balla continuasse influenciado pelos divisionistas, não demorou a ancontrar uma maneira de se ajustar à nova linguagem do movimento ao qual pertencia.


Speeding Automobile de Giacomo Balla

Umberto Boccioni

Pintor, escultor e importante teórico do Futurismo. Forma-se em Roma, junto com Gino Severini, no ateliê de Giacomo Balla, nos primeiros anos do século. Aprendendo a pintura neoimpressionista , torna-se um mestre menor do divisionismo italiano de Segantini e Balla. Fixa-se em Milão em 1908, e no ano seguinte, adere ao Futurismo na primeira hora, com os pintores italianos Giacomo Balla, Carlo Carrà e Luigi Russolo, pouco depois do "Primeiro Manifesto Fundador do Futurismo", de 1909. Contribui para os manifestos dos Pintores Futuristas e para o "Técnico da Pintura Futurista", publicados em 1910 e 1911. A sensação dinâmica é o principal valor de sua arte. A ação se traduz na pintura pela prática das técnicas neoimpressionistas, associadas aos princípios cubistas, particularmente depois de seu contato, em Paris, com Picasso e outros desse grupo (1912). Sua pintura aborda temas político-anarquistas, cenas de grande movimentação de figuras em tensão dinâmica e mesmo composições quase abstratas, articuladas pelas
linhas-força. É inovador na escultura, na medida em que rompe com a tradição de Rodin e procura solucionar todos os aspectos da forma dinâmica na linguagem tridimensional. Suas esculturas ultrapassam a questão do movimento absoluto para um movimento relativo, estabelecendo uma tensão e fusão da forma e do espaço que se interpenetram. Realiza, ainda, experiências com materiais não-tradicionais da escultura, justapondo e articulando vidro, madeira e couro, em trabalhos que chama de "polimaterici" (polimatéricos). A produção artística e intelectual de Boccioni flui até 1916, ano em que publica, em Nápoles, o "Manifesto dos Pintores Meridionais". Faz exposições de seus trabalhos em Paris, Londres, Roma e São Francisco, na Califórnia, sempre acompanhadas de textos definidores de suas propostas estéticas. Convocado para lutar na Primeira Guerra Mundial, serve na artilharia, em Sorte, próximo a Verona, onde morre após uma queda de cavalo durante exercícios militares.




















Charge of the lancers de Umberto Boccioni

Futurismo

O futurismo é um movimento artístico e literário, que surgiu oficialmente em 20 de fevereiro de 1909 com a publicação do Manifesto Futurista, pelo poeta italiano Filippo Marinetti, no jornal francês Le Figaro. Os adeptos do movimento rejeitavam o moralismo e o passado, e suas obras baseavam-se fortemente na velocidade e nos desenvolvimentos tecnológicos do final do século XIX. Os primeiros futuristas europeus também exaltavam a guerra e a violência. O Futurismo desenvolveu-se em todas as artes e influenciou diversos artistas que depois fundaram outros movimentos modernistas. A pintura futurista foi explicitada pelo cubismo e pela abstração, mas o uso de cores vivas e contrastes e a sobreposição das imagens pretendia dar a ideia de dinâmica, deformação e não- materialização por que passam os objetos e o espaço quando ocorre a ação. Para os artistas do futurismo os objetos não se concluem no contorno aparente e os seus aspectos interpenetram-se continuamente a um só tempo. Procura-se neste estilo expressar o movimento atual, registrando a velocidade descrita pelas figuras em movimento no espaço. O artista futurista não está interessado em pintar um automóvel, mas captar a forma plástica a velocidade descrita por ele no espaço.

Georges Braque



Passou sua infância em Le Havre, aos 17 anos era aprendiz de pintura com um pintor-decorador.
Em 1900 foi morar em Paris para terminar seu aprendizado. Depois de um ano no serviço militar, retornou para Paris e foi para a academia Humbert, um ano mais tarde foi para a Escola de Belas Artes aprender com Léon Bonnat. Aqui conheceu Othon Friesz e Raoul Dufy, futuros Fauvistas. Braque ficou impressionado com a apresentação do grupo Fauvismo em 1905 no Salão. No verão seguinte iniciou o seu estilo Fauvista. Em 1907 conheceu Picasso e até 1914 colaboraram mutuamente na construção do Cubismo. Nesse mesmo ano se alistou no exército, retornando à arte apenas em 1917. No final de 1907, uma evolução na estrutura arquitectônica do seu trabalho levou-o a se interessar pelo trabalho de Cézanne. Acabou abandonando as cores que utilizava e se concentrou na qualidade estrutural de seus temas. As formas foram simplificadas, o contorno dos desenhos se transformaram em linhas grossas e escuras e o fundo era preenchido por grandes planos geométricos. O trabalho de Braque geralmente se distinguia do de Picasso pelo seu interesse ao redor dos objetos, que era maior do que o próprio objecto. Ao retornar para Paris, depois da I Grande Guerra, continuou seu trabalho num cubismo sintético, influenciado por Juan Gris. Ao mesmo tempo começou a experimentar curvas, formas mais cheias e a potencialidade do trabalho com as cores. Em 1930 o desenvolvimento do seu estilo foi interrompido temporariamente pelo impacto do Surrealismo, principalmente pelo trabalho de Picasso. Braque voltou a usar formas e cores fortes tendo sempre uma constante preocupação com a inter-relação entre o objecto e o espaço e a representação do objecto em duas dimensões.


Le Viaduc à l'Estaque





quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Pablo Picasso




Um dos grandes gênios da pintura contemporânea, filho de um professor de Desenho e Pintura, deslocou-se ainda jovem para Barcelona, onde estudou Belas-Artes e pintou seus primeiros quadros de tendência acadêmica, entre os quais se destaca Ciência e Caridade (1897). No início do século XX, partiu para Paris, cidade em que se instalou em 1904 e onde recebeu a influência de Gauguin e Toulouse-Lautrec (período azul, com obras de tema popular, e período rosa, centrado no mundo do circo). Na primavera de 1907, pintou na capital francesa As Senhoritas de Avignon, quadro com que rompe com a profundidade espacial, ao representar as figuras numa simultaneidade de planos, e inicia, assim, seu período cubista. Entre 1908 e 1911, desenvolveu sua fase analítica por meio da decomposição das formas, especialmente de paisagens como as de Horta d'Ebre, ao mesmo tempo que reduz a sua gama cromática aos cinzentos. Em 1912, interessou-se pela técnica da colagem: Natureza Morta com Cadeira de Palha, com que inicia também sua passagem para o cubismo sintético, no qual prevalece a reconstrução do objeto através de seus planos essenciais. Ao mesmo tempo, sua gama cromática amplia-se de novo, como se observa em Natureza Morta Dentro de uma Paisagem (1915). Depois de passar por uma fase realista e outra com influências surrealistas, a guerra civil imprimiu uma marca profunda em sua produção. Assim, o bombardeamento da cidade de Guernica levou-o a criar Guernica, exposto no pavilhão espanhol da Exposição de Paris em 1937, como protesto pela violência sem sentido da guerra, sentimento também expresso no quadro Matanças na Coréia (1950). A partir de 1947, interessou-se especialmente pela cerâmica e pela reelaboração de obras clássicas: Mulheres de Argel, de Delacroix (1955), As Meninas, de Velásquez (1957), ou Merenda Campestre, de Manet (1960).

Citação:
"Minha mãe dizia-me: "Se queres ser um soldado, serás um general. Se queres ser um monge, acabarás por ser o Papa." Então eu quis ser um pintor e agora sou Picasso."


O guitarrista de Picasso

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

CUBISMO

O Cubismo é um movimento artístico que ocorreu entre 1907 e 1914, tendo como principais fundadores Pablo Picasso e Georges Braque.
O Cubismo tratava as formas da natureza por meio de figuras geométricas, representando todas as partes de um objeto no mesmo plano. A representação do mundo passava a não ter nenhum compromisso com a aparência real das coisas.
O movimento cubista evoluiu constantemente em três fases:
.Fase cezannista ou cezaniana entre 1907 e 1909 -
.Fase analítica ou hermética entre 1909 a 1912 - que se caracterizava pela desestruturação da obra, pela decomposição de suas partes constitutivas;
.Fase sintética (contendo a experimentação das colagens) - foi uma reação ao cubismo analítico, que tentava tornar as figuras novamente reconhecíveis, como colando pequenos pedaços de jornal e letras.
Desta última fase decorrem dois movimentos:
-Orfismo
-Secção de Ouro
Historicamente o Cubismo originou-se na obra de Cézanne, pois para ele a pintura deveria tratar as formas da natureza como se fossem cones, esferas e cilindros. Entretanto, os cubistas foram mais longe do que Cézanne. Passaram a representar os objetos com todas as suas partes num mesmo plano. É como se eles estivessem abertos e apresentassem todos os seus lados no plano frontal em relação ao espectador. Na verdade, essa atitude de decompor os objetos não tinha nenhum compromisso de fidelidade com a aparência real das coisas. O pintor cubista tenta representar os objetos em três dimensões, numa superfície plana, sob formas geométricas, com o predomínio de linhas retas. Não representa, mas sugere a estrutura dos corpos ou objetos. Representa-os como se movimentassem em torno deles, vendo-os sob todos os ângulos visuais, por cima e por baixo, percebendo todos os planos e volumes.

Henri Matisse


Henri-Émile-Benoît Matisse nasceu em Le Cateau, Picardia, em 31 de dezembro de 1869. Mudou-se para Paris em 1891 e estudou na École des Arts Décoratifs e no ateliê de Gustave Moreau. No período entre 1900 e 1905 participou do Salão dos Independentes e do Salão de Outono. Causou sensação ao incluir-se, com Albert Marquet e André Derain, entre os primeiros fauvistas. Sua arte conheceu depois grande divulgação. Fundou uma academia freqüentada por alunos do mundo inteiro. Em 1909 abriu-se uma exposição sua em Moscou e, em 1910, uma retrospectiva em Paris. As viagens que fez ao Marrocos e a Tânger, entre 1910 e 1912, influenciaram sua obra. Em 1913 expôs no Armory Show, em Nova York, e em 1920 colaborou com a companhia russa de balé de Diaghilev. Em sua primeira fase, Matisse se mostrava como descendente direto de Cézanne, em busca do equilíbrio das massas, mas outras influências, como as de Gauguin, Van Gogh e Signac, levaram-no a tratar a cor como elemento de composição. Em 1904-1905, "Luxo, calma e volúpia" ainda revelava a influência dos pós-impressionistas, mas já demonstrava grande simplificação da cor, do traço e dos volumes. Em 1908, a euforia decorativa de "O aparador, harmonia vermelha" atestava que Matisse já tinha estilo próprio. Dos pintores fauvistas, que exploraram o sensualismo das cores fortes, ele foi o único a evoluir para o equilíbrio entre a cor e o traço em composições planas, sem profundidade. Ao explorar ora o ritmo das curvas, como em "A música" (1909) e "A dança" (1933), ora o contraste entre linhas e chapadas, como em "Grande natureza morta com berinjelas" (1911-1912), Matisse procurou uma composição livre, sem outra ligação que não o senso de harmonia plástica. Sua cor não se dissolvia em matizes, mas era delimitada pelo traço. Já liberto do fauvismo, o pintor mostrou, às vezes, tendência a reduzir as linhas à essência, como em "A lição de piano" (1916), mas não se interessou pela pura abstração. O amor pela exuberância decorativa aparece em "Blusa romena" e na série "Odaliscas", de 1918. Em sua fase final, Matisse voltou-se para a esquematização das figuras, de que são exemplos a decoração mural "A dança", para a Barnes Foundation, em Merion, nos Estados Unidos, e os papiers collés ou gouaches découpées (técnica que chamou de "desenho com tesoura") que ilustram Jazz (1947), livro com suas impressões sobre a arte e a vida. Foi também escultor e ilustrador. Em 1944, como desenhista, ilustrou as Fleurs du mal (Flores do mal), de Baudelaire, e, como litógrafo, as Lettres portugaises (1946; Cartas portuguesas), atribuídas a soror Mariana Alcoforado, e Les Amours, de Pierre Ronsard. Entre 1948 e 1951 dedicou-se à concepção arquitetônica e à decoração interior da capela do Rosário em Saint-Paul, perto de Vence, no sul da França. O autor considerava essa sua melhor obra, e nela concebeu todos os detalhes, dos vitrais ao mobiliário, voltado para uma concepção mais ascética das formas, embora nos arabescos florais predomine uma linha sinuosa. Henri Matisse morreu em Nice, França, em 3 de novembro de 1954.


"A dança" de Henri Matisse









FAUVISMO

Fauvismo (do francês les fauves, 'as feras', como foram chamados os pintores não seguidores do cânone impressionista, vigente na época) é uma corrente artística do início do século XX, que se desenvolveu sobretudo entre 1905 e 1907. Associada à busca da máxima expressão pictórica, o estilo começou em 1901 mas só foi denominado e reconhecido como um movimento artístico em 1905. Segundo Henry Matisse em "Notes d'un Peintre" pretendia-se com o Fauvismo "uma arte do equilíbrio, da pureza e da serenidade, destituída de temas perturbadores ou deprimentes".

Caractrísticas:

.Pincelada violenta, espontânea e definitiva;
.Ausência de ar livre;
.Colorido brutal, pretendendo a sensação física da cor que é subjetiva, não correspondendo à realidade;
.Autonomização completa do real.
.Uso exclusivo das cores puras, como saem das bisnagas;
.Pintura por manchas largas, formando grandes planos

Edward Munch


Edvard Munch nasceu em Löten, na Noruega, em 12 de dezembro de 1863, e estudou arte em Oslo. Começou a pintar em 1880, primeiramente retratos e depois uma série de quadros naturalistas que testemunham sua rejeição do impressionismo da época. É característico dessa fase o quadro "Criança doente" (1886). Apesar do escândalo causado pela exposição de suas obras em Oslo, Munch ganhou uma bolsa de estudos em 1889. Morou na França, na Alemanha e na Itália, e somente após 18 anos regressou à terra natal. Em Paris, fez contato com os pós-impressionistas, especialmente Toulouse-Lautrec e Gauguin, de quem recebeu reconhecida influência. Interessado também no realismo social de Ibsen, criou para o escritor os cenários e figurinos da peça Peer Gynt, montada em Paris em 1896. A atmosfera sombria, os nus e retratos espectrais de Munch inspiram-se em Ibsen, mas a partir de 1890 seu expressionismo adquiriu caráter simbolista, de teor quase histérico em "O vampiro", "A angústia" ou "O grito". Em Paris, pintou ainda "Frisa da vida", que considerou a síntese de sua obra. Em Berlim, entre 1892 e 1908, conheceu August Strindberg e influiu na evolução do expressionismo alemão. Em 1910, definitivamente de volta à Noruega, Munch renovou sua pintura com um estilo não menos vigoroso mas de cores claras, em que se abranda o espírito trágico das obras anteriores. São dessa fase os murais "O sol", "A história" e "Alma mater", que criou de 1910 a 1915 para a Universidade de Oslo. A maior parte de sua obra, inclusive admiráveis litografias e xilogravuras como "Moças na ponte" e "Noite branca" (1911), pode ser vista no museu de Oslo que recebeu seu nome. Edvard Munch morreu em Ekely, próximo a Oslo, em 23 de janeiro de 1944.









EXPRESSIONISMO

O Expressionismo é a arte do instinto, trata-se de uma pintura dramática, subjetiva, “expressando” sentimentos humanos. Utilizando cores irreais, dá forma plástica ao amor, ao ciúme, ao medo, à solidão, à miséria humana, à prostituição. Deforma-se a figura, para ressaltar o sentimento.
Predominância dos valores emocionais sobre os intelectuais. Corrente artística concentrada especialmente na Alemanhaentre 1905 e 1930.

Principais características:

* pesquisa no domínio psicológico;
* cores resplandecentes, vibrantes, fundidas ou separadas;
* dinamismo improvisado, abrupto, inesperado;
* pasta grossa, martelada, áspera;
* técnica violenta: o pincel ou espátula vai e vem, fazendo e refazendo, empastando ou provocando explosões;
* preferência pelo patético, trágico e sombrio

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Gustav Klimt


Gustav Klimt nasceu em 14 Julho de 1862, em Baumgarten, perto de Viena. Foi o segundo de sete filhos de Ernst (no caso, o pai), cinzelador de metais preciosos, e de Anne Finster. Em 1876, Klimt ingressou na Escola de Artes e Ofícios de Viena, onde é aluno de Ferdinand Laufberger e de Julius Victor Berger até 1883. Juntou-se ao seu irmão, dois anos mais novo que Klimt, em 1877. Os dois desenhanhavam retratos, a partir de fotografias, vendendo-as a seis florins* cada um. Em 1879, Klimt, Ernest e o amigo Franz Matsch, também pintor, decoram o átriode Kunsthistorisches Museum. Só em 1880, as encomendas do trio sucedem-se: Quatro alegorias para o teto do Palácio Sturany em Viena. Teto do estabelecimento termal de Karlsbad na Tchecoslováquia.
Retrato de Adèle Bloch-Bauer de Gustav Klimt

ARTE NOVA

ARTE NOVA (1892-1914) Europa, final do séc. XIX.

Nesta altura, antes da guerra, a Europa detinha muita riqueza, as classes média e alta, tanto a burguesia como a nobreza, podiam investir em pequenos objectos decorativos, para poder afirmar a sua posição social. Devido ás exposições mundiais que começaram a aparecer nesta altura, a Arte Nova, surgiu simultaneamente em vários pontos da Europa, dadas as novas melhorias nas vias de transporte, comunicação e trocas comerciais entre os países.

A Arte Nova, ficou conhecida como: Art Nouveau em França, Jugendstil na Alemanha, Liberty na Inglaterra, Stile Liberty na Itália, Sezessionstil na Áustria, Modernismo em Espanha, e Arte Nova em Portugal.

A Bélgica, é considerada por alguns historiadores como o berço deste movimento, sendo a “Casa Tassel” de Victor Horta o primeiro exemplo desta nova arte, por nela reunir características dos movimentos anteriores, muitíssimo importantes para o desenvolvimento deste novo estilo.

A novidade, está na maneira de trabalhar os materiais. Como o ferro, em que as formas vegetalistas das colunas e dos candeeiros, se misturam, com a decoração do chão, criando uma homogeneidade e harmonia, entre a estrutura e a decoração.

A grande preocupação, é a inter-relaçao entre a parte emotiva e a parte racional, o elemento decorativo e o elemento funcional.

Há um grande contraste, entre a linha recta, de Mackintosh, e a linha curva de Gaudi, mas a novidade propriamente dita, está na qualidade praticada, por todos os criadores.

BEM-VINDOS

Este blogue e dedicado à disciplina de HISTÓRIA DE PORTUGAL...