sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Adolf Hitler


Adolf Hilter, ditador alemão, nasceu em 1889 na Áustria. Filho de Alois Hitler e Klara Poezl, alistou-se voluntariamente no exército bávaro no começo da Primeira Guerra Mundial. Tornou-se cabo e ganhou duas vezes a Cruz de Ferro por bravura. Depois da desmobilizaçãodo exército, Hitler associou-se a um pequeno grupo nacionalista, o Partido dos Trabalhadores Alemães, que mais tarde se tornou o Partido Nacional-Socialista Alemão (nazista). Em Viena, ele havia assimilado as idéias anti-semitas (contra os judeus)que, insufladas por seus longos discursos contra o Acordo de Paz de Versalhes e o marxismo, encontraram terreno fértil em uma Alemanha humilhada pela derrota. Em 1921, tornou-se líder dos nazistas e, dois anos mais tarde, organizou uma malograda insurreição, o "putsch" de Munique. Durante os meses que passou na prisão com Rudolph Hess, Hitler ditou o Mein Kampf (Minha Luta), um manisfesto político no qual detalhou a necessidade alemã de se rearmar, empenhar-se na auto-suficiência econômica, suprimir o sindicalismo e o comunismo, e exterminar a minoria judaica. Em 1929, ganhou um grande fluxo de adeptos, de forma que, ajudado pela violência contra inimigos políticos, seu partido floresceu. Após o fracasso de sucessivos chanceleres, o presidente Hindenburg indicou Hitler como chefe do governo (1933). Hitler criou uma ditadura unipartidária e no ano seguinte eliminou seus rivais na "noite das facas longas". Com a morte de Hindenburg, ele assumiu o título de presidente do Reich Alemão. Começou então o rearmamento, ferindo o Tratado de Versalhes, reocupou a Renânia em 1936 e deu os primeiros passos para sua pretendida expansão do Terceiro Reich: a anexação com a Áustria em 1938 e a tomada da antiga Tchecoslováquia. O ditador firmou o pacto de não-agressão nazi-soviético com Stalin, a fim de invadir a Polônia, mas quebrou-o ao atacar a Rússia em 1941. A invasão à Polônia precipitou a Segunda Guerra Mundial. Seguia táticas "intuitivas", indo contra conselhos de especialistas militares, e no princípio obteve vitórias maciças. Em 1941, assumiu o controle direto das forças armadas. Como o curso da guerra mostrou-se desfavorável à Alemanha, decidiu intensificar o assassinato em massa, que culminou com o holocausto judeu. Conhecido como um dos piores massacres da história da humanidade, o holocausto -termo utilizado para descrever a tentativa de extermínio dos judeus na Europa nazista- teve seu fim anunciado no dia 27 de janeiro de 1945, quando as tropas soviéticas, aliadas ao Reino Unido, Estados Unidos e França na Segunda Guerra Mundial, invadiram o campo de concentração e extermínio de Auschwitz-Birkenau, em Oswiecim (sul da Polônia). No local, o mais conhecido campo de concentração mantido pela Alemanha nazista de Adolf Hitler, entre 1,1 e 1,5 milhão de pessoas (em sua maioria judeus) morreram nas câmaras de gás, de fome ou por doenças. Ainda em 1945, quando o exército soviético entrou em Berlim, Hitler se casou com a amante, Eva Braun. Há evidências de que os dois cometeram suicídio e tiveram seus corpos queimados em um abrigo subterrâneo em 1945.

Benito Mussolini


O líder ("Duce") do fascismo italiano iniciou sua carreira política no Partido Socialista Italiano (PSI), em 1900. Durante alguns anos, foi professor na Suíça (1902-1904) e funcionário do partido em Trento, na época território austríaco. Mussolini fundou em 1909 a revista Lotta di Classe, antes de se tornar chefe de redação do Avanti!, entre 1912 e 1914, órgão de propaganda do Partido Socialista. Foi também o porta-voz da ala esquerdista do partido. Nas vésperas da Primeira Guerra Mundial, em que defendeu a participação da Itália no conflito com a Áustria, Mussolini afastou-se do PSI. Em 1914, fundou o diário Popolo d'Italia, destinado à propagação da ideologia socialista. Mais tarde, faria desse jornal o órgão oficial do fascismo. Foi então expulso do PSI. Depois de sua participação na Primeira Guerra Mundial, constituiu em Milão o primeiro Fasci di combattimento (Feixes de combate), núcleo do futuro movimento fascista. O seu sinal distintivo era o "fasces" do Império Romano (símbolo do poder dos cônsules da Antiguidade). Em 1921, fundou o Partito Nazionale Fascista (PNF), a partir das associações fascistas que atuavam contra as organizações de trabalhadores. Com a "Marcha sobre Roma" (28-10-1922), conseguiu ser nomeado chefe de governo pelo rei Vítor Manuel II. Anos depois, construiria o primeiro Estado fascista na Europa. Por meio de uma política autoritária de ordem pública e do fortalecimento da economia italiana, debilitada pela guerra, Mussolini viu sua popularidade estender-se a um amplo setor da população no final da década de 1920. Depois do assassinato do líder da oposição Giacomo Matteoti por militantes fascistas, impôs um golpe de estado, em 1925. Legalizada a nova situação em 1926, governou com poderes ditatoriais, eliminando seus adversários políticos e criando um sistema de partido único baseado no corporativismo. Seu grande sucesso na política interna foi a reconciliação com o papa Pio XII, depois da assinatura dos acordos de Latrão. A erradicação do desemprego, a secagem de terrenos pantanosos e a repressão à resistência na Tripolitânia fortaleceram a posição política de Mussolini, que se destacava por sua retórica contundente. A conquista da Etiópia em 1935-1936 representou uma reviravolta na política externa italiana. Convencido, até então, da necessidade de efetuar o rearmamento alemão, o "Duce" iniciou uma aproximação com a Alemanha ao constatar a tímida reação das potências ocidentais. A participação conjunta com os alemães na Guerra Civil Espanhola de 1936 a 1939, a fundação do eixo Roma–Berlim em 1936 e a assinatura do Pacto de Aço em 1939 conduziram Mussolini a uma posição de submissão a Hitler. Em setembro de 1938, ainda conseguiu evitar a eclosão da guerra com sua mediação no Pacto de Munique, mas em 1939 as suas tentativas para manter a paz fracassaram. Com a entrada da Itália na Segunda Guerra Mundial, em junho de 1940, Mussolini assumiu pessoalmente o comando das tropas italianas. Depois das derrotas na Grécia e na África (perda da Etiópia em 1941 e da Líbia em 1942) e do desembarque dos Aliados na Sicília em 1943, o conselho fascista retirou-lhe o apoio e foi preso por ordem do rei. Foi ainda libertado por pára-quedistas alemães de sua prisão no Gran Sasso, fundando no norte da Itália a República Soziale Italiana (República de Saló), sob o domínio de Hitler. Mas deu-se a ruptura na frente de combate alemã e o antigo "Duce" foi capturado, mesmo antes do fim da guerra, pelos partisans italianos, quando tentava fugir com sua amante, Claretta Petacci. Foi sumariamente fuzilado.