segunda-feira, 30 de novembro de 2009

CUBISMO

O Cubismo é um movimento artístico que ocorreu entre 1907 e 1914, tendo como principais fundadores Pablo Picasso e Georges Braque.
O Cubismo tratava as formas da natureza por meio de figuras geométricas, representando todas as partes de um objeto no mesmo plano. A representação do mundo passava a não ter nenhum compromisso com a aparência real das coisas.
O movimento cubista evoluiu constantemente em três fases:
.Fase cezannista ou cezaniana entre 1907 e 1909 -
.Fase analítica ou hermética entre 1909 a 1912 - que se caracterizava pela desestruturação da obra, pela decomposição de suas partes constitutivas;
.Fase sintética (contendo a experimentação das colagens) - foi uma reação ao cubismo analítico, que tentava tornar as figuras novamente reconhecíveis, como colando pequenos pedaços de jornal e letras.
Desta última fase decorrem dois movimentos:
-Orfismo
-Secção de Ouro
Historicamente o Cubismo originou-se na obra de Cézanne, pois para ele a pintura deveria tratar as formas da natureza como se fossem cones, esferas e cilindros. Entretanto, os cubistas foram mais longe do que Cézanne. Passaram a representar os objetos com todas as suas partes num mesmo plano. É como se eles estivessem abertos e apresentassem todos os seus lados no plano frontal em relação ao espectador. Na verdade, essa atitude de decompor os objetos não tinha nenhum compromisso de fidelidade com a aparência real das coisas. O pintor cubista tenta representar os objetos em três dimensões, numa superfície plana, sob formas geométricas, com o predomínio de linhas retas. Não representa, mas sugere a estrutura dos corpos ou objetos. Representa-os como se movimentassem em torno deles, vendo-os sob todos os ângulos visuais, por cima e por baixo, percebendo todos os planos e volumes.

Henri Matisse


Henri-Émile-Benoît Matisse nasceu em Le Cateau, Picardia, em 31 de dezembro de 1869. Mudou-se para Paris em 1891 e estudou na École des Arts Décoratifs e no ateliê de Gustave Moreau. No período entre 1900 e 1905 participou do Salão dos Independentes e do Salão de Outono. Causou sensação ao incluir-se, com Albert Marquet e André Derain, entre os primeiros fauvistas. Sua arte conheceu depois grande divulgação. Fundou uma academia freqüentada por alunos do mundo inteiro. Em 1909 abriu-se uma exposição sua em Moscou e, em 1910, uma retrospectiva em Paris. As viagens que fez ao Marrocos e a Tânger, entre 1910 e 1912, influenciaram sua obra. Em 1913 expôs no Armory Show, em Nova York, e em 1920 colaborou com a companhia russa de balé de Diaghilev. Em sua primeira fase, Matisse se mostrava como descendente direto de Cézanne, em busca do equilíbrio das massas, mas outras influências, como as de Gauguin, Van Gogh e Signac, levaram-no a tratar a cor como elemento de composição. Em 1904-1905, "Luxo, calma e volúpia" ainda revelava a influência dos pós-impressionistas, mas já demonstrava grande simplificação da cor, do traço e dos volumes. Em 1908, a euforia decorativa de "O aparador, harmonia vermelha" atestava que Matisse já tinha estilo próprio. Dos pintores fauvistas, que exploraram o sensualismo das cores fortes, ele foi o único a evoluir para o equilíbrio entre a cor e o traço em composições planas, sem profundidade. Ao explorar ora o ritmo das curvas, como em "A música" (1909) e "A dança" (1933), ora o contraste entre linhas e chapadas, como em "Grande natureza morta com berinjelas" (1911-1912), Matisse procurou uma composição livre, sem outra ligação que não o senso de harmonia plástica. Sua cor não se dissolvia em matizes, mas era delimitada pelo traço. Já liberto do fauvismo, o pintor mostrou, às vezes, tendência a reduzir as linhas à essência, como em "A lição de piano" (1916), mas não se interessou pela pura abstração. O amor pela exuberância decorativa aparece em "Blusa romena" e na série "Odaliscas", de 1918. Em sua fase final, Matisse voltou-se para a esquematização das figuras, de que são exemplos a decoração mural "A dança", para a Barnes Foundation, em Merion, nos Estados Unidos, e os papiers collés ou gouaches découpées (técnica que chamou de "desenho com tesoura") que ilustram Jazz (1947), livro com suas impressões sobre a arte e a vida. Foi também escultor e ilustrador. Em 1944, como desenhista, ilustrou as Fleurs du mal (Flores do mal), de Baudelaire, e, como litógrafo, as Lettres portugaises (1946; Cartas portuguesas), atribuídas a soror Mariana Alcoforado, e Les Amours, de Pierre Ronsard. Entre 1948 e 1951 dedicou-se à concepção arquitetônica e à decoração interior da capela do Rosário em Saint-Paul, perto de Vence, no sul da França. O autor considerava essa sua melhor obra, e nela concebeu todos os detalhes, dos vitrais ao mobiliário, voltado para uma concepção mais ascética das formas, embora nos arabescos florais predomine uma linha sinuosa. Henri Matisse morreu em Nice, França, em 3 de novembro de 1954.


"A dança" de Henri Matisse









FAUVISMO

Fauvismo (do francês les fauves, 'as feras', como foram chamados os pintores não seguidores do cânone impressionista, vigente na época) é uma corrente artística do início do século XX, que se desenvolveu sobretudo entre 1905 e 1907. Associada à busca da máxima expressão pictórica, o estilo começou em 1901 mas só foi denominado e reconhecido como um movimento artístico em 1905. Segundo Henry Matisse em "Notes d'un Peintre" pretendia-se com o Fauvismo "uma arte do equilíbrio, da pureza e da serenidade, destituída de temas perturbadores ou deprimentes".

Caractrísticas:

.Pincelada violenta, espontânea e definitiva;
.Ausência de ar livre;
.Colorido brutal, pretendendo a sensação física da cor que é subjetiva, não correspondendo à realidade;
.Autonomização completa do real.
.Uso exclusivo das cores puras, como saem das bisnagas;
.Pintura por manchas largas, formando grandes planos

Edward Munch


Edvard Munch nasceu em Löten, na Noruega, em 12 de dezembro de 1863, e estudou arte em Oslo. Começou a pintar em 1880, primeiramente retratos e depois uma série de quadros naturalistas que testemunham sua rejeição do impressionismo da época. É característico dessa fase o quadro "Criança doente" (1886). Apesar do escândalo causado pela exposição de suas obras em Oslo, Munch ganhou uma bolsa de estudos em 1889. Morou na França, na Alemanha e na Itália, e somente após 18 anos regressou à terra natal. Em Paris, fez contato com os pós-impressionistas, especialmente Toulouse-Lautrec e Gauguin, de quem recebeu reconhecida influência. Interessado também no realismo social de Ibsen, criou para o escritor os cenários e figurinos da peça Peer Gynt, montada em Paris em 1896. A atmosfera sombria, os nus e retratos espectrais de Munch inspiram-se em Ibsen, mas a partir de 1890 seu expressionismo adquiriu caráter simbolista, de teor quase histérico em "O vampiro", "A angústia" ou "O grito". Em Paris, pintou ainda "Frisa da vida", que considerou a síntese de sua obra. Em Berlim, entre 1892 e 1908, conheceu August Strindberg e influiu na evolução do expressionismo alemão. Em 1910, definitivamente de volta à Noruega, Munch renovou sua pintura com um estilo não menos vigoroso mas de cores claras, em que se abranda o espírito trágico das obras anteriores. São dessa fase os murais "O sol", "A história" e "Alma mater", que criou de 1910 a 1915 para a Universidade de Oslo. A maior parte de sua obra, inclusive admiráveis litografias e xilogravuras como "Moças na ponte" e "Noite branca" (1911), pode ser vista no museu de Oslo que recebeu seu nome. Edvard Munch morreu em Ekely, próximo a Oslo, em 23 de janeiro de 1944.









EXPRESSIONISMO

O Expressionismo é a arte do instinto, trata-se de uma pintura dramática, subjetiva, “expressando” sentimentos humanos. Utilizando cores irreais, dá forma plástica ao amor, ao ciúme, ao medo, à solidão, à miséria humana, à prostituição. Deforma-se a figura, para ressaltar o sentimento.
Predominância dos valores emocionais sobre os intelectuais. Corrente artística concentrada especialmente na Alemanhaentre 1905 e 1930.

Principais características:

* pesquisa no domínio psicológico;
* cores resplandecentes, vibrantes, fundidas ou separadas;
* dinamismo improvisado, abrupto, inesperado;
* pasta grossa, martelada, áspera;
* técnica violenta: o pincel ou espátula vai e vem, fazendo e refazendo, empastando ou provocando explosões;
* preferência pelo patético, trágico e sombrio

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Gustav Klimt


Gustav Klimt nasceu em 14 Julho de 1862, em Baumgarten, perto de Viena. Foi o segundo de sete filhos de Ernst (no caso, o pai), cinzelador de metais preciosos, e de Anne Finster. Em 1876, Klimt ingressou na Escola de Artes e Ofícios de Viena, onde é aluno de Ferdinand Laufberger e de Julius Victor Berger até 1883. Juntou-se ao seu irmão, dois anos mais novo que Klimt, em 1877. Os dois desenhanhavam retratos, a partir de fotografias, vendendo-as a seis florins* cada um. Em 1879, Klimt, Ernest e o amigo Franz Matsch, também pintor, decoram o átriode Kunsthistorisches Museum. Só em 1880, as encomendas do trio sucedem-se: Quatro alegorias para o teto do Palácio Sturany em Viena. Teto do estabelecimento termal de Karlsbad na Tchecoslováquia.
Retrato de Adèle Bloch-Bauer de Gustav Klimt

ARTE NOVA

ARTE NOVA (1892-1914) Europa, final do séc. XIX.

Nesta altura, antes da guerra, a Europa detinha muita riqueza, as classes média e alta, tanto a burguesia como a nobreza, podiam investir em pequenos objectos decorativos, para poder afirmar a sua posição social. Devido ás exposições mundiais que começaram a aparecer nesta altura, a Arte Nova, surgiu simultaneamente em vários pontos da Europa, dadas as novas melhorias nas vias de transporte, comunicação e trocas comerciais entre os países.

A Arte Nova, ficou conhecida como: Art Nouveau em França, Jugendstil na Alemanha, Liberty na Inglaterra, Stile Liberty na Itália, Sezessionstil na Áustria, Modernismo em Espanha, e Arte Nova em Portugal.

A Bélgica, é considerada por alguns historiadores como o berço deste movimento, sendo a “Casa Tassel” de Victor Horta o primeiro exemplo desta nova arte, por nela reunir características dos movimentos anteriores, muitíssimo importantes para o desenvolvimento deste novo estilo.

A novidade, está na maneira de trabalhar os materiais. Como o ferro, em que as formas vegetalistas das colunas e dos candeeiros, se misturam, com a decoração do chão, criando uma homogeneidade e harmonia, entre a estrutura e a decoração.

A grande preocupação, é a inter-relaçao entre a parte emotiva e a parte racional, o elemento decorativo e o elemento funcional.

Há um grande contraste, entre a linha recta, de Mackintosh, e a linha curva de Gaudi, mas a novidade propriamente dita, está na qualidade praticada, por todos os criadores.

BEM-VINDOS

Este blogue e dedicado à disciplina de HISTÓRIA DE PORTUGAL...